Exu é uma das entidades mais complexas de se entender, devido as controvertidas explicações a seu respeito. Não tem como entender Exu se não entendermos o processo de escravização dos negros e de colonização do Brasil.
Exu foi sincretizado pela igreja com a figura do demônio e é por aqui que começam as incompreensões acerca destes seres, guardiões da luz e dos mistérios das zonas umbralinas. Mas, afinal, quem é Exu?
Exu é figura forte, que abre ou fecha caminhos.
É o guardião das encruzas, local onde se cruzam caminhos, possibilidades, mudanças e continuidades. É orixá para o candomblé, e mensageiro para a umbanda. Exu é uma espécie de “policial” que acessa locais perigosos que poucos conseguem acessar.
Devido a sua inteligência e bom humor e por ser conhecedor dos mistérios da morte e da vida, é gozador e costuma chegar nos terreiros fazendo barulho, gargalhando e expressando meu jeito forte de ser. Por isso é dito que Exu nunca desiste e vence qualquer demanda. Na sua polaridade feminina é conhecido com Pombagira.
Está relacionado a sexualidade, as energias mais materializadas ou energias da terra. Sua representação é um falo (pênis gigante) e geralmente suas estátuas mostram corpos vigorosos e nus, como representação desta energia primordial e criadora que é a energia sexual.
De fato, Exu é ser de luz, detentor do poder de realização, e por não ter medo ou pudor, afronta as regras, desafia a moral e incomoda as linhas mais pudicas e conservadoras da sociedade.
Exu não deve ser confundido com espíritos inferiores, zombeteiros, mistificadores ou equivalentes. Sua energia é de abertura de caminhos e, portanto, libertadora!
Laroiê Exu! Salve Exu!